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ARMAS, O HOMEM E O SISTEMA
Por Capitão Tadeu
Em primeiro lugar, para se falar em armas é preciso entender o que levou o homem a atirar. O porquê do aparecimento das armas na história da humanidade. A arma não apareceu do nada, como também não desaparecerá facilmente do mundo. Há razões fortes que mostram o porquê da existência delas. É o que se tem necessidade de ser entendido por todos para a elaboração de um juízo bem fundamentado sobre armas. A caça, a guerra, a defesa e o esporte foram fatores preponderantes para o armamento do homem.
Nos primórdios da humanidade, o homem precisou aprender a caçar para se alimentar e ainda aproveitar tudo que pudesse dos animais para garantir sua sobrevivência como usar a pele para se vestir e ossos para ferramentas domésticas. Assim passou a abater suas presas com armas como pedras, lanças de madeira, machados de pedras, bastões de madeira, lanças com pontas de pedra, enfim, tudo que pudesse o ajudar na obtenção de alimentos.
Com o avanço das civilizações, os povos passaram a se enfrentar, para expandirem seus domínios, territoriais, econômicos e políticos, então em seus combates para obterem vitórias, utilizavam armas como arco e flecha, espadas, facas, lanças, machados e punhais. A medida que a história foi evoluído no tempo, as guerras foram exigindo cada vez mais do homem sofisticação em seus aparatos militares para o enfrentamentos cada vez mais ousados, assim foram desenvolvidas armas de fogo como espingardas de pólvora, fuzis, pistolas, metralhadoras e outras de tecnologias militares avançadas como as de destruição em massa feito mísseis, armas químicas, nucleares e biológicas.
Para a defesa de vidas e patrimônios em um mundo violento como está estampado nas sociedades avançadas, o homem passou a se armar para garantir seu direito a defesa pessoal, de sua família e patrimônios, bem como o estado também passou a utilizar armas para cumprir com a sua obrigação de garantir a tranquilidade pública e a paz social. Assim foram permitidas armas para o cidadão como espingardas, revólveres, pistolas, carabinas e para o estado além dessas, os fuzis, submetralhadoras, armamentos e equipamentos não letais.
Com objetivo de aperfeiçoar a capacidade combativa dos soldados das tropas das batalhas da antiguidade, soldados passaram a disputar para demonstrar suas habilidades com armas durante os treinamentos e assim, desenvolveram jogos como entretenimento entre tropas e outras nações amigas. Posteriormente, os homens passaram a se reunir para demonstrar suas habilidades com armas em fazendas ou locais desertos. Dessa forma, o homem passou a competir como esporte, o qual alcançou projeções mundiais, como as olimpíadas, utilizando assim armas como arco e flecha, arremesso de lança, tiro com revólveres, pistolas, espingardas, carabinas e armas de ar comprimido.
Creio não ser necessário precisar desenhar para que seja entendido o porque do homem andar de mãos dadas com as armas. Não há como desabilitar o homem de toda essa construção histórica e promover uma humanidade desarmada, pois as armas surgiram para atender ao homem em suas necessidades das mais básicas as mais complexas.
Ante tudo explanado, advém as questões inerentes a cada sociedade, pensamentos filosóficos, entendimentos científicos e ideologias diversas. Muitos homens buscando algum entendimento para sustentarem suas boas ou descabidas intenções. Fato é que cada nação tem o seu momento histórico o que proporciona razões para ser favorável a promoção de direitos e garantias de seu povo ou não.
No Brasil, não diferente de outras nações, é utilizado todo aparato para garantir a soberania nacional, também o poder garantidor dos entes estatais através das forças de segurança e do cidadão para sua legítima defesa. Tudo muito tranquilo em equilíbrio e sensatez ao que se exige para a garantia da paz. Porém a distorção de comportamentos de homens que enxergaram na utilização do armamento uma forma de potencializarem as suas investidas criminosas é que veio a desvirtuar a utilização real da arma para qual foi desenvolvida.
A verdade é que as armas por si só não são capazes de atingir ninguém, já que precisa das mãos do homem para operá-las. E é aí que começa o problema, a mente humana, cheia das razões diversas, mazelas existências, fraquezas de cunho psicológico e com índices de maldade é que vai ditar em cada um a intenção da utilização da arma que pode na maioria das vezes servir para o bem e a paz como também para causar o mal.
O mal não está nas armas, mas sim em certos homens.
As discussões sobre armas se estendem por gerações, mas o assunto exige conhecimento histórico e científico, pois o universo das armas é complexo e abrange muitas áreas, como a própria história, física, química, medicina, geografia, línguas estrangeiras e direito. Além disso, ainda caminham em estradas controladas pela sociologia, organismos de promoção social, midiatismo e outros que se oportunizam quando conveniente. Nem todos estão capacitados a discutirem tão complexo assunto.
Fato é que, o homem não vai se desarmar, e as ideologias oportunistas dificilmente vão deixar de parasitar nas sociedades. Haverá um consenso? A militância desarmamentista continuará elaborando discursos baseados em dados estatísticos apenas, usando fatos de repercussões negativas para inserção do medo nas pessoas, afim de empurrar garganta abaixo suas razões ideológicas para desbancar o direito de ter armas do cidadão.
Atualmente no Brasil o acesso as armas de fogo para defesa pessoal se tornou menos burocrático, o que bastou para que especialistas, dos gabinetes refrigerados e de palanques acalorados, colocassem suas contradições a esse evento pro societate, alegando defesa da vida. Mas da vida de quem?
A vida real e cotidiana mostra que as armas de fogo proporcionam segurança as pessoas que as obtém para legítima defesa, pois todos têm o direito de garantir a sua vida e de sua família até a chegada da polícia. Até os que são favoráveis a se varrer as armas da população andam com seguranças armados até os dentes e muitos se garantem em seus vizinhos armados. Então desarmamento para os outros, mas para mim não. Não parece hipocrisia isso?
Deve se entender de vez que um cidadão com arma em sua casa é mais um aliado das forças de segurança na prevenção da criminalidade, pois o que ainda inibe o criminoso é saber que ele pode se alvejado se atentar contra alguém. Não se pode associar o índice de violência as armas legais e sim as ilegais obtidas através do mercado negro e com facilidades por criminosos, o que é demonstrado todos os dias em ocorrências policiais e até mesmo em estatísticas. Ao que interessa a desconstrução de toda a história da evolução das armas na humanidade?