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Professores da UFES informam paralisação nacional no próximo dia 19
A ADUFES (Associação dos Docentes da Universidade Federal do Espírito Santo) informou que irá aderir à paralisação nacional da categoria prevista para próxima quarta-feira. A entidade justifica a participação na mobilização como forma de repúdio ao PL 5595/2020,de autoria da Deputada Federal Paula Belmonte (CIDADANIA/DF) que tramita no Senado e tem como relator o capixaba Marcos do Val e pretender tornar a educação essencial durante o período de pandemia do novo coronavírus. No Espírito Santo, o deputado Estadual Capitão Assumção (PL)
A Adufes solicitou à Reitoria da universidade que realize uma sessão pública na próxima quarta, para se manifestar contrária aos dois projetos. Caso isso não ocorra, a própria categoria planeja realizar uma plenária acadêmica, encaminhando as reivindicações dos docentes à bancada capixaba no Senado, formada por Fabiano Contarato (Rede), Rose de Freitas (MDB) e Marcos do Val (Podemos), que é relator e também defensor do projeto.
“Não é novidade nenhuma que o governo federal atua contra os trabalhadores para defender o grande empresariado e conglomerados de educação, mas é preciso confrontar o avanço desses grupos políticos contra a classe trabalhadora, porque o avançar deles significa a morte de muita gente, como temos visto”, ressalta a secretária-geral da Adufes, Junia Zadain.
Segundo a assessoria jurídica da entidade, existem três vícios inconstitucionais na matéria. A exclusão da pandemia como uma situação excepcional; a desconsideração de que o direito à educação não está à frente ao direito à vida e à saúde; e a falta de condições de trabalho e de vacinação para toda a população.
O sindicato nacional dos docentes também indicou que as seções se posicionassem contra o retorno presencial das aulas, contra o projeto, e os cortes orçamentários anunciados pelo governo federal em 2021, que têm atingido universidades de todo o País.
Na última semana, após divergências sobre a matéria, o Senado deliberou pela realização de uma audiência pública. A ideia é que, após a discussão, os parlamentares decidam se o projeto será reincluído na pauta de votação.
O PL tem base nos estudos que comprovam, com base nas notas do CRM, que as crianças são as que menos transmitem e que no caso das escolas particulares já adotam critérios severos de protocolos sanitários, semelhantes a igrejas que já são atividades consideradas essenciais.
Em uma conversa exclusiva ao Portal A7, o deputado estadual Capitão Assumção (Patriota), justifica seu Projeto de Lei, apresentado na Ales. Segundo ele “este projeto tem o objetivo de não fazer as crianças terem ainda mais prejuízos no ensino.”
Sobre a viabilidade da execução do PL, caso aprovado, Assumção declarou que “o Estado tem um confortável colchão econômico para estruturar todas as condições sanitárias para cada escola. Desta forma organizar o ensino público da mesma forma que estão organizando o ensino particular.”